Com a regravação de ‘’Não se vá’’ alcança mais de 3 Milhões de views, sucesso nas rádios brasileiras.
1. Qual foi o momento e porque você prometeu resgatar à carreira musical, principalmente usando o seu maior potencial: a voz?
Dinnal: Momento em que eu resolvi resgatar, e voltei com a carreira foi no final de 2019, quando o maestro Pinocchio, falou conosco em uma visita em casa, que era importante voltarmos com a dupla Dinnalv& Dorival, pelo vazio, vácuo na música sertaneja, em virtude dos falecimentos de Zé Rico, Marciano, Durval e Davi. Ressaltou a importância até no estilo que cantávamos ‘’modão com romantismo’’, vocês devem voltar a cantar de novo. Eu me lembro que eu fiquei na dúvida, se eu voltava ou não, e pesou muito a opinião da minha esposa Anágela. Eu gosto de cozinhar, e sempre quando eu ia cozinhar em casa eu sempre ouvia as músicas em casa eu chorava e me emocionava, eu lembro de uma frase dela ‘’ não aguento mais te ver chorando, ouvindo música, pare de sofrer com isso e volta a cantar’’. Daí a Ana Laura veio, do lado dela e falou ‘’ é isso mesmo papai’’. Eu nasci pra te ver cantando, e não te vi no palco ainda, e acabou que ela não só está me vendo no palco, como já até dividiu o palco comigo no Japan Tower.
2. O seu pai, Ladislau teve ascensão da carreira musical, com o “Trio Seresteiros do Brasil”, conte nos sobre ele, e porque lhe influenciou a cantar?
Dinnal: No meio dos anos 70 para frente, eu vi os ensaios deles, eles tiveram uma ascensão no Brasil e regional sim, era muito conhecido na região de Presidente Prudente. Eu lembro que em 1977/1978 eles ganharam o ‘’ Festival da Música Sertaneja’’ e foram representar a Alta Sorocabana de Presidente Prudente na Final ‘’ Nacional do Festival Sertanejo Arizona’’ em Barretos, eles ficaram lá entre os cinco primeiros do Brasil todo. Eles eram muito bons, e também muito conhecidos na região e meu pai influenciou, muito e muito, na minha carreira, na música, na inspiração, no sonho que era meu e dele também, então meu pai teve uma grande participação sim.
3. Quando jovem, no colegial você já participava de festivais na escola, é verdade que você chegou a ganhar troféu?
Dinnal: Sim, o primeiro troféu que eu ganhei foi participando da ‘’ Mais Bela Voz Colegial representando a minha escola E.E. Prof. Placídio Braga Nogueira, uma escola de periferia no bairro de Parque Alvorada em Pres. Prudente. E eu tive a honra de ganhar o primeiro festival com a música ‘’Pensamentos’’ de Gilliard.
4. Você teve uma dupla com seu irmão Dorival na década de 80, praticamente no auge do sucesso do mercado musical sertanejo, investiram vários projetos, incluindo três LPs, cinco CDs, shows e participações em programas de TV. Daí em 2007, a dupla sofreu um abalo, conte-nos sobre isso?
Dinnal: Então tivemos a dupla Dinnal& Dorival sim, foi muito conhecida e muito famosa em Pres. Prudente e região, a gente participava de festivais de música sertaneja, de vários programas de televisão os maiores, grandes que tinha no Brasil “Viola, minha viola com Anezita Barroso e Moraes Sarmento, Programa do Bolinha, também especial sertanejo com Marcelo Costa na Record. Mais de 42 shows com a Caravana Clube do Bolinha, muitas histórias até com show em comícios para presidente da república, como o do Color em Jaú em Presidente Prudente quando fizemos o show, tinha mais de 60 mil pessoas, foi um evento maravilhoso.
Em 2007, tínhamos gravado o CD Reencontro, nós ficamos muito triste, por conta de uma gravação que era uma música de trabalho, e nós tínhamos até o direito de exclusidade sobre essa música, e uma dupla muito famosa, relançou três meses depois, de nos termos lançado a música, começando a rodar nas rádios, e eu me entristeci muito com esse episódio, a minha esposa estava grávida e estava nascendo a Ana Laura, e eu optei por trabalhar, tocar a vida com mais segurança e ficar mais próximo da família, então em 2007 nós paramos com a carreira.
5. Do Marketing esportivo conte-nos sobre esta sua profissão, era paixão pelos esportes, foram convites, ou era uma necessidade financeira que falou mais alto?
Dinnal: Eu sempre tive sim Jo, uma paixão muito grande por futebol e esportes em si. Eu joguei na seleção de Presidente Prudente.
Handebol fui campeão em jogos regionais, fui goleiro futsal e campeão também em jogos regionais, joguei futebol de campo também, participei em diversos jogos abertos. Uma paixão enorme por esporte.
E comecei a trabalhar com o marketing esportivo, por uma necessidade financeira sim, belo trabalho e também, por gostar de venda, então eu vendia o espaço das camisas do time para as empresas e aprendi a fazer isso, me abriu muitas portas, fiz muitos amigos, dentre eles o querido Ronaldo Fenômeno, tive este privilegio, foi muito legal esta fase da minha vida, trabalhei com o Bragantino, tive alegria em me tornar amigo do Luiz Arthur Abi Chedid, Marquinhos seu pai.
Também o ex jogador Bernardo foi um presente que o futebol me deu, um amigo irmão, foi volante do Corinthians, São Paulo, Santos entre outros além de jogar no exterior, ele também o Antônio Carlos Zago hoje é treinador no Equador, fiz grandes amigos, Juninho. O futebol além de ter me dado sobrevivência me deu grandes amigos.
6. Quanto tempo você ficou no Marketing esportivo, e como foi essa transição, para a carreira musical novamente?
Dinnal: Eu fiquei no marketing esportivo de 2013 a 2020, fui trabalhar primeiro no Esporte Clube Campo Mourão, Maringá Futebol Clube, Diretoria tem uma visão maravilhosa de trabalho, quem me levou foi o Tupãzinho, que é o talismã do Corinthians, depois disso Bragantino, Atlético Paranaense, Paraná Futebol Clube, Corinthians entre outros. Vários trabalhos legais, fiz muitos amigos.
Em 2020, retornei a carreira musical, a dupla Dinnal& Dorival voltamos sim, após esse pedido e a conversa com o Pinocchio, gravamos em 2020 um DVD maravilhoso, lá com o maestro Pinocchio em Goiânia, rodou muito, por sinal uma das músicas de trabalho “Só uma palavra’’, ela bateu quase 1 Milhão views no Youtube.
7. A dupla Dinnal& Dorival voltaram aos trabalhos em 2020, com a gravação do DVD “Alma de Coração”, a dupla tinha tudo para dar certo, porque a decisão de seguir com a carreira solo?
Dinnal: O trabalho de Alma e Coração tinha tudo para dar certo, rodando nas rádios do Brasil, mas foi o melhor caminho. Hoje a gente se dá, super bem, a gente se fala e se vê, dou opinião no trabalho dele, porque falo mais que a boca, ele tem ouvido algumas sugestões e tem sido muito legal.
E a decisão de parar foi em comum acordo, porque o lado irmão falou mais alto, não podia perder o lado irmão por conta do trabalho e a gente tinha ideias diferentes musicalmente, tanto que hoje seguimos cada um com seu trabalho, fazendo o que gostamos, e Deus tem abençoado tanto a vida dele como a minha.
8. Você esperava o sucesso, da música “Quem é que esta, ai?’’ com mais de 91 mil visualizações no Youtube?
Dinnal: A “Quem é que esta, ai?’’ é uma música muito maravilhosa, desde a primeira vez que eu ouvi está música, fiquei encantado, apaixonado sempre quis grava-la. Meu amigo Bil tinha ela, comprou a pôr um ano a exclusividade da música, com Marcelo Melo, e com a Vivi, eu ouvi enlouqueci. Disse cara, preciso gravar essa música, se você não deixar vou roubar ela de você (brinca o cantor).
E “Quem é que esta, ai?’’ bateu mais de 91 Mil views no Youtube, foi muito legal Jo. E eu regravei ela agora, vocês aguardem e irão ouvir “Quem é que esta, ai?’’ com uma roupagem linda!
9. E a música, ‘’ Não se vá’’ gravado feat com a cantora goiana Josiane Moura, grande sucesso nas rádios por todo o Brasil, com mais de 3 Milhões de views no Youtube, já é uma grande realização?
Dinnal: Ah o ‘’ Não se vá’’ gravado com a Josiane Moura, ela já é uma realidade. É uma realização de um sonho, e uma vontade que sempre tive de gravar está canção ‘’ Não se vá’’ desde criança vocês já ouviram eu contar esta história que meu pai tinha viajado, depois de um mês e meio ele voltou, eu quando sai da escola Jose Foz em 1977, estudava no segundo ano da escola a tarde, então de manhã como o pai estava viajando e as coisas estavam difíceis de manhã fazia meu dever, engraxar e tinha papelão pra vender, a mãe fumava o Hollywood dela, o mano tomava o leite dele, então eu fazia os meus corres.
10. Vocês disseram em várias entrevistas que são fãs de Jane e Herondy, como você imagina um dia este encontro?
Dinnal: Sim eu tenho dito em vários lugares e todas as rádios, tenho viajado muito, e a gente sempre comenta, que é um sonho encontrar Jane e Herondy, seria a coroação deste trabalho, seria tudo poder olhar pra eles e cantar com eles,’ Não se vá’’ seria surreal. Eu creio que vai ser muito emocionante tanto pra mim, como para a Josiane.
11. Após estes dois lançamentos de sucesso na mídia, e inclusive o sensacional megapocket show realizado recentemente no Japan Tower em São Paulo, quais são os projetos futuros?
Dinnal: Após este lançamento, que foi maravilhoso não é Jo, no Japan Tower, os maiores ícones da música brasileira e sertaneja, imprensa. Foi uma noite ímpar, foi maravilhoso, adorei o que foi feito. E de lá muitas coisas aconteceram, ter conhecido o Antônio Luiz, Nil Bernardes, Joel Marques, reencontrei Elias Muniz. Estava lá também Marquinhos Moura, uma galera muito legal. Foi uma noite maravilhosa!
Desde esta noite o Antônio Luiz, decidiu voltar para o mercado, por conta da pandemia, estava parado muito triste, ele que já deu dois Grammys para o Zezé de Camargo e outro para Sérgio Reis, vamos buscar o quarto se ‘’ Deus quiser’’, com este trabalho lindo que está sendo produzido com o arranjos do maestro Caixote, e a participação maravilhosa do Elias Muniz, Nil Bernardes, Josiane Moura e de todos os músicos presentes.
Estamos reinaugurando a terceira geração do Studio Mosh, que agora está na Granja Vianna, tinha fechado na Barra Funda, nós estamos sendo os primeiros a gravarem nesta nova fase do Studio Mosh. O Projeto está lindo e maravilhoso, Dalton Vicente grande Técnico de som, meu amigo e irmão, Osvaldinho o Proprietário do Mosh, então é uma gratidão enorme para tudo isso.
‘’ Eu não tenho o menor medo e receio em dizer, aguardem que vem vindo, um trabalho que irá revolucionar, a música no Brasil. Nós estamos resgatando grandes canções, músicas inéditas maravilhosas, trazendo de novo o romantismo, a orquestra tocando nas músicas, eu acredito que vai trazer uma grande emoção neste novo trabalho.
12. Dinnal Cruz, interiorano, nascido em Presidente Prudente, você em entrevista disse ter dois grandes sonhos: ser conhecido nacionalmente e ter a oportunidade de cantar com o rei, Roberto Carlos. Um deles já está acontecendo graças ao seu trabalho árduo como artista, e o outro ainda continua?
Dinnal: É Jo, eu tenho um orgulho de ser Prudentino, nasci em Presidente Prudente, terra onde sou Comendador, uma comenda que recebi na Câmara Municipal em 1988, minha família, minha mãe, irmã, irmão e cunhadas, moram lá ainda e sobrinhos, então tenho raízes em Presidente Prudente, meu pai está enterrado lá.
E hoje também tenho o orgulho em dizer que meu coração é Peruibense caiçara, estou já há quatros anos morando em Peruíbe, fui muito bem recebido, sempre carinhosamente comigo e com a minha família, até já me disseram que vou receber o título Peruibense no ano que vem, então estou muito feliz por isso, Vereador Rafael Vitor Presidente da Câmara, forte abraço a ele obrigado pelo carinho, e o meu coração divide Peruíbe também.
Eu tenho sim, os sonhos, esses dois sonhos, ser reconhecido pelo talento no Brasil e isto sim acontecendo neste momento, está muito próximo do real, e o segundo eu digo segundo não por mais valor ou menos valor, mas por estar para acontecer, se Deus quiser, eu acredito, e creio que vai acontecer, que é cantar sim com o Rei Roberto Carlos. É um sonho, e eu vou realizar, vou fazer de tudo para que chegue até ele, pra que a gente possa cantar uma canção e possa realizar este grande sonho, é cantar contigo ‘’Rei’’.
