Em teoria, existem duas maneiras pelas quais as tendências de moda são criadas: Trickle Down (em português, gotejamento) e Bubble Up (em português, ebulição).
No gotejamento, as propostas de tendências surgem nas passarelas, através das criações dos estilistas – e muito antes de chegarem às araras, passam por outros especialistas no assunto, como formadores de opinião e a mídia especializada. É aí que a informação é traduzida em “tendência” para o mercado.
Já no processo de ebulição, as tendências são observadas direto no público. O famoso Street Style, que você já deve ter ouvido falar por aí. Neste caso, é analisado o comportamento do consumidor e os estilos manifestados nas ruas. Esse comportamento e estilo reflete o contexto social, econômico, cultural, esportivo, entre outros vividos em sociedade. A partir daí, são reinterpretados pelos criadores e especialistas em trend hunt do mercado.
Muito antes do look
Outro fator importante sobre as tendências é observar as cores e materiais que ganham destaque entre uma temporada e outra.
Neste caso, as tendências de matéria prima são definidas com bastante antecedência – cerca de dois a três anos – pela indústria química (sim!) e têxtil, através de pesquisas.
Depois disso, os estilistas entram e interpretam as tendências de maneira a despertar a identificação e o desejo nos consumidores.
Vale mencionar aqui, duas empresas importantes para a indústria no processo de pesquisa de tendência.
A Pantone é uma das empresas que se destacam no apontamento de tendências e que acabam influenciando o mercado de maneira geral. Todo ano a empresa gera expectativa ao divulgar a “cor do ano” que marcará diversos setores da indústria, desde moda, arquitetura, design de interiores e muitos outros.
A WGSN (Worth Global Style Network) é considerada uma referência global em tendências de consumo e design. Formada por mais de 43.000 designers de produtos, cientistas de dados, os relatórios dela impactam equipes criativas em todo mundo.
Estes relatórios anuais ajudam a prever mudanças na forma como os consumidores pensam, comportam-se e, principalmente, irão consumir.